E para além dos postais, dos álbuns, das histórias familiares, dos escritórios com estantes e prateleiras cheias de livros, também tinha à disposição numerosos livros infantis.
A maior parte desses livros eram das Edições MAJORA, que se assumiam como:
"UM AMIGO
QUE DIVERTE
QUE EDUCA´
E
QUE INSTRUÍ"
QUE DIVERTE
QUE EDUCA´
E
QUE INSTRUÍ"
Uns livros cartonados e "animados" eram dados no Natal ou nos anos.
Talvez por serem caros eram mais protegidos e folheados sempre com um adulto ao pé.

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Acho engraçado referir, que
alguns destes livros foram contados aos meus filhos e a diversos grupos de
crianças do Jardim de Infância.
Como estão cá em casa, os meus netos também usufruíram deles.
Nas "EDIÇÕES MAJORA",
diferentes colecções ajudavam a identificar o estilo das histórias:
DE CARIZ POPULAR

DE AVENTURAS

TRADICIONAIS

POLICIAIS

DE ANIMAIS HUMANIZADOS
LIVROS DIDÁCTICOS
A "Colecção "Formiguinha", era por certo a tentativa editorial criada para auxiliar os pais nas situações em que as criancinhas não se calavam com o:
- "Compra-me,compra-me"...(já existia nessa época!)

Para além da MAJORA, havia outras editoras a terem livros
infantis. E como tudo era guardado, havia também lá em casa, os livros que tinham sido da minha mãe.

E até havia livros em francês e espanhol, por certo presentes trazidos pelos avós depois das viagens.
E no entanto, apesar destes
livros todos à minha disposição, o que eu gostava era de estar no escritório do
meu avô, folheando os livros dele, aqueles que tinham imagens.
Já assumi
anteriormente o meu lado místico, que me fazia gostar de livros de missa, de
santinhos, resta-me agora assumir o meu lado "pimba"…
O que eu me entretinha a ver
as Crónicas Femininas, as revistas cor de rosa da época. (por muito estranho
que possa parecer eram mesmo do meu avô).
O que eu gostava dos livros do
Vilhena e daquelas mulheres tão sensuais…
E a graça que tinham as
anedotas da revista Cara Alegre
A leitura andou também muito
associada ao cinema.
Naquela época, na Parede
havia dois cinemas: O "Royal Cine" que funcionava todo o ano, e o "Parque Oceano" que só funcionava na época balnear, visto ser ao ar livre.
Durante o inverno,
íamos muito às matinés infantis ver os
filmes com a Marisol, uma actriz espanhola, com o Joselito, outro espanhol a
quem chamavam o "pequeno rouxinol".
No Verão esta actividade
estava muito mais alargada, víamos todos os filmes, mesmo os que não eram para a nossa idade, ainda por cima era de graça! Isto porque um
primo morava mesmo em frente do tal cinema ao ar livre, e da janela dele podíamos ver
todos os filmes, embora ligeiramente cortados pelo telheiro que cobria o 1º balcão.
Ajudada pela "Agência Portuguesa de Revistas", que editava uns fascículos com os resumos de filmes,
tornei-me uma verdadeira cinéfila.
Esse conhecimento cinematográfico, era complementado com
as biografias dos artistas, descritas nos fascículos de outra colecção da mesma
editora.

Muitas das ilustrações, e algumas histórias da Majora, eram de Gabriel Ferrão, pai de um amigo aqui de Carcavelos o João Paulo Ferrão. Um beijo para ele, outro para a Inês Ferrão minha "aluna" no Cantinho.
ResponderEliminarGostei muito de rever as capas dos livros. Lembro~me muito bem de algumas.. Acho fantástico que a nossa autora t consiga guardar e organizar tudo isto e, do mesmo modo que fez aos postais, no-lo mostre, avivando também as nossas memórias..Com tanta estimulação, deve ter começado a ler muito cedo ( creio que é essa relação que ela quer mostrar através dos textos de outros autores que vai inserindo). Até as legendas dos filmes? Costuma ser mais difícil, mas talvez naquele tempo passassem a menor velocidade. Achei o Marlon Brando o máximo. bom... mais uma vez, parabenizo a Ana e aguardo o próximo capítulo..
ResponderEliminarManuela, no cinema da Parede, eram filmes mais infantis,ou em espanhol (não te lembras do Joselito, "o pequeno rouxinol?". No cinema ao ar livre, que era em frente da casa do meu primo, o que nós não conseguíamos ver da janela era justamente as legendas, que ficavam cortadas com o telheiro do 1º balcão. Também víamos os filmes aos bocadinhos, porque não aguentávamos o tempo todo. Mas havia os cartazes a anunciar, estavam mesmo em frente dos nossos olhos.
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