Na Voz do Operário

Se há locais de trabalho que ficam no nosso coração, a escola “Voz do Operário” da Ajuda foi um deles.

As Escolas “Voz do Operário” eram um pouco aquilo que hoje se considera como um Agrupamento de Escolas. Havia a Escola Sede, situada na Graça, e depois havia mais seis escolas.

Uma Direcção eleita e um Coordenador Pedagógico. Em cada escola um Director.

Havia também um Projecto Pedagógico comum. Uma vez por mês, todos os docentes se reuniam em Conselho Pedagógico. Semanalmente em cada escola havia Conselhos Escolares.

Na prática, cada escola fazia aquilo que queria, ou por outras palavras para não ser tão chocante, cada escola mantinha a sua identidade própria!

Na altura a "Voz do Operário", era uma escola muito politizada, considerada "de esquerda", isto é, a Direcção e a maioria dos trabalhadores eram militantes do Partido Comunista, o que trazia bastantes confusões para quem não pertencia a essa "facção" politica.

Para mim, uma dessas confusões, era que alguns docentes faziam parte da “Comissão de Trabalhadores”, mas depois discutiam no Centro de Trabalho do Partido, nas respectivas “Células” a que também pertenciam os elementos da Direcção, os problemas da gestão escolar...

Problemas esses por vezes tão transcendentes, como o da remodelação de uma casa de banho para os professores, (da sede),que alguns elementos consideravam um "delírio pequeno burguês"...

Eu fui investigada, mas isso só soube mais tarde,... havia a suspeita de eu pertencer a um "partido rival". Isto devido à maneira como me vestia – Saia comprida, de escocês, tamancos nos pés e um lenço na cabeça ajudando a acamar a minha farta cabeleira encaracolada. 

Quando usava jeans, eram à boca-de-sino, mas a fatiota era acompanhada por uma camisa ou túnica de escocês, não largando o lenço e os tamancos.

Um dia numa das paredes exteriores, apareceram pintadas em grandes letras a sigla do tal "partido rival". 

Alguém (hoje consigo imaginar quem), foi dizer para a Direcção que tinha sido eu, a perigosa esquerdista. A Rosinda, a nossa Directora, foi chamada para saber se a acusação tinha ou não fundamento. Ela, pessoa muito discreta e sabendo que por vezes eu fervia em pouca água, só me contou isto muito mais tarde. Mas o que é certo é que não nos escapámos de uma nova funcionária na escola. Nunca nos foi dito, mas cá para mim era uma controleira do Partido, para espiar como nos portávamos... 

Enfim histórias de uma época atribulada mas muito divertida, e que não interessam para aqui.
    
Como na escola da Ajuda, a nossa militância era mais pedagógica, e estávamos fisicamente longe da sede, quando íamos às ditas reuniões, não percebíamos muito bem o que lá se passava, e a bem dizer também não nos interessava muito!

A nossa, a nº 6 da Ajuda, era uma escola pequena, quatro professoras do 1º ciclo, e eu no Jardim de Infância. Todas tão diferentes, mas sabendo aproveitar e pôr em comum o que cada uma tinha de melhor.

Estive lá cinco anos, e foi de facto o meu grande local de aprendizagem, em termos profissionais e do Movimento da Escola Moderna.

Toda a equipa trabalhava segundo os mesmos princípios, havia inter-ajuda, discutíamos o trabalho realizado, e procurávamos fundamentar teoricamente as nossas opções. Trabalhar ali era um desafio constante!

Considero que tive a sorte de ver na prática, como se desenrolava a aprendizagem da escrita e da leitura, desde a 1ª à 4ª classe e entender todo um processo.

Embora não tenha vindo a fazer muitas citações, não consigo deixar de inserir aqui algumas partes de um texto da Rosalina Gomes de Almeida, amiga e colega do MEM, que muito me apoiou nesta caminhada.

Foi com ela que percebi que trabalhar desta forma em Jardim de Infância “Se inscreve numa Pedagogia Geral – Quer dizer que é comum a todos os graus de ensino, porque acreditamos, como o defendeu Delfim Santos, que «A pedagogia é só uma, o que varia são as técnicas adequadas a situações específicas».

Dentro desta linha da Pedagogia Geral, damos privilégio às chamadas Abordagens Naturais, ou Métodos Naturais, como alguns lhe chamam, ou seja, ensinar da forma como tudo aprendemos, antes de deixar a casa e a família.

É uma atitude próxima da maneira maternal de ensinar a vida, não divorciando esta da escola, porque a queremos um agente de intervenção social.

Para que isto aconteça temos de libertar todas as formas de expressão, tornar as práticas pedagógicas convenientes à natureza das crianças, e ao mesmo tempo a certas necessidades sociais.

Aprendizagens naturais onde desenhar, pintar, ler e escrever, pesquisar, descobrir, inventar, se podem realizar pela satisfação das necessidades e dos desejos”

E gradualmente, no confronto diário com as colegas, embora de outro nível de ensino, no trabalho constante de aferir práticas, com os colegas da APIA (Associação de Protecção da Infância da Ajuda), que também pertenciam ao MEM, nas reuniões do Movimento, fui interiorizando e percebendo o que tinha lido teoricamente, e não tinha conseguido integrar.

  • Acolhia as falas das crianças, e registava-as sistematicamente (o que não costumava fazer até aí).
  • A escrita das falas, das histórias inventadas ou recontadas, dos projectos, das saídas, estava por todo o lado, transcrita por mim e ilustrada pelas crianças…

E aquilo que eu nunca tinha verificado aconteceu.

Aquelas crianças gostavam e queriam escrever.

E eu encantava-me com a escrita delas!

                          (encantava-me) Com as tentativas de escrita dos nomes




         (encantava-me) Com as tentativas de cópia de palavras conhecidas,
   fossem elas palavras que identificavam alguns instrumentos, ou mesmo 
os instrumentos.

Cópia da palavra "Presenças"
Cópia de um calendário
Cópia livre dos nomes dos colegas
 
Tentativa de cópia de um calendário de aniversários

Tentativa de cópia de uma listagem
                                                       
Integração de palavras conhecidas para decorar desenhos

  
Tentativa de escrita de novos textos utilizando palavras conhecida


Tentativa de cópia de um texto do amigo.
Mas o apelo pelo desenho foi mais forte. 





















Também me fui apercebendo que o desenho,era em crianças tão pequenas, a sua primeira forma de escrita.

Perante essas constatações, fazer as iniciações à escrita utilizando os livros de propedêutica, ou fotocópias com os grafismos tradicionais deixava de fazer sentido.

Senti no entanto que tinha de fundamentar essa minha  opção. Elaborei o que se pode considerar o meu primeiro trabalho de investigação. Evidentemente uma investigação empírica e despretensiosa.

Comprei um livro de fichas existente no mercado (as crianças nunca tiveram acesso a essas fichas), depois procurei nas pastas que serviam de arquivo aos desenhos delas, exemplares que mostrassem que em desenho livre, os meninos faziam tudo o que era pedido nas fichas.Iam também muito mais além.


Ficam aqui alguns exemplos desse trabalho.

                                         As fichas pediam para as crianças desenharem:
Desenha as ondas do mar
Desenha o corpo da cobra


Desenha os degraus da escada
Desenha as grades da jaula do leão






E as ondas e os paralelismos apareciam naturalmente nos desenhos das crianças



















As fichas pediam para as crianças desenharem o corpo das ovelhas, o fumo das casas e fábricas




E nos desenhos lá estavam as espirais, nas casas, comboios e cabelos das bonecas...






E mesmo nos desenhos das crianças muito pequeninas, esse movimento aparecia!

  
As fichas pediam para as crianças desenharem a chuva, bolas de sabão, ou as bolhas que os peixes faziam a respirar...










E esse movimento para representar as chuva, as bolas de sabão ou até a relva, aparecia nos desenhos das crianças, principalmente quando elas começavam a sentir necessidade de preencher superfícies maiores, e ainda não tinham consciência de que os desenhos é que tinham de "crescer".







Com estes dois desenhos (foram posteriormente colados por mim), tomei consciência da importância do que hoje em dia se chama “Zona de Desenvolvimento Potencial ou Proximal”.

"Essa zona de desenvolvimento é dada pela diferença entre o nível de resolução de tarefas desenvolvidas preferencialmente sob orientação e ajuda de um par, e o nível das tarefas realizadas autonomamente pela criança".

Neste caso, duas meninas lado a lado a fazerem desenhos e a conversar. 

O que aconteceu? - dois desenhos quase em simetria. Pude depois ver como a Filipa evoluiu no desenho. Tinha bastado um pequeno “empurrão” da amiga para ela ir mais além.

Na altura, como ainda não tinha ouvido falar de Vigotsky, chamei cópia a isto. Lembro-me de ter comentado que afinal a cópia, ao contrário do que eu pensava podia ter bastantes vantagens.

E anda não se falava em “Interacção Social”…

Bem deixemos o Vigotsky e a Interacção Social, porque ainda não eram por cá falados e vamos voltar às fichas de grafismos.


E as fichas pediam para as crianças desenharem o caminho que os cães teriam de percorrer até se encontrarem. 

                E nos desenhos os caminhos apareciam.
                                   




E as fichas pediam para as crianças desenharem a carapaça das tartarugas
                                                                           









                                                     E nos desenhos esse movimento lá aparecia


                                                 E as fichas pediam para as crianças desenharem pássaros. 


                                                 
                                      
                   E os pássaros lá estavam...E para além de pássaros eram frutos e nuvens...





     Para quem não consiga identificar, este desenho é a representação do Palácio da Ajuda



E as fichas pediam para as crianças desenharem padrões.

Mas que lindos padrões tem os vestidos destas bonecas







E as fichas pediam para as crianças desenharem o corpo do caracol





























E neste desenho da Inês, uma menina muito pequenina, lá apareciam os caracóis, associados a tentativas de escrita já com sentido. Ela explicou que o que estava escrito era:

" Caracol, caracol, põe os pauzinhos ao sol"

E toda a frase cabia na leitura que ela fazia, soletrando e apontando da esquerda para a direita com o dedito.




A escola começou a ser conhecida, recebíamos muita gente interessada em conhecer o trabalho que ali se desenvolvia. Conhecer e ver! Apesar de ser um corrupio constante, essa visibilidade também nos obrigava a um esforço permanente de revisão e actualização das produções das crianças.

Na altura já tinha aberto o Curso de Educadores de Infância na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Na minha sala recebia estagiárias do  Ano.

Estava eu muito sossegada no meu canto, quando uma das Orientadoras de Estágio, me desafiou para ir trabalhar com ela, como professora de Técnicas Pedagógicas.

Outra vez um dilema enorme! O que fazer?

Aceitar ou não aceitar…Noites e noites com o poema de Cecília Meireles na cabeça

OU ISTO OU AQUILO

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

É uma grande pena que não e possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares…

Eu gostava era de trabalhar ali…, mas ao mesmo tempo gostava de desafios!

E mais uma vez lá foram as colegas … a Guida Faria, a Rosinda, a Maria Júlia, a Josita (a Clarisse estava na Bélgica, casada de fresco com o Pascal) , que insistiram e me ajudaram a resolver.

Em termos profissionais, era também a oportunidade de eu entrar na Função Pública.

E lá fui eu para Benfica, para o Curso de Educadores de Infância na Escola do Magistério Primário de Lisboa.

Nota:entrei para a Voz do Operário no Ano Lectivo 1979/1980


13 comentários:

  1. Se a humanidade da tua escrita é reconfortante, a experiência que ela contém é, pela certa, muito rica para as actuais educadoras de infância e extraordinariamente reveladora para os leigos, como eu em relação a este nível de ensino..

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  2. Se a humanidade da tua escrita é reconfortante, a experiência que ela contém é, pela certa, muito rica para as actuais educadoras de infância e extraordinariamente reveladora para os leigos, como eu em relação a este nível de ensino..

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  3. Fernando, gostamos sempre de receber elogios, e vindo de ti ainda me dá mais satisfação, sem a tua ajuda tinha-me perdido toda, aliás nem tinha conseguido. Eu gosto tanto destas coisas da escrita e leitura, que é uma satisfação poder falar delas.

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  4. Desta vez, as emoções que senti ao ler a tua escrita, foram muito especiais, pois também para mim a Voz do Operário da Ajuda teve um significado muito forte no meu crescimento profissional e afectivo. Que bons e desafiantes tempos por lá vivemos... e o que eu aprendi e cresci com todos os que por lá passaram ...
    Lembro-me muito bem do teu trabalho de investigação sobre os grafismos. Penso que o apresentaste num congresso do MEM que se realizou no ISPA. E a Bárbara, toda contente compenetrada, lá foi comigo assistir à tua apresentação. Foi muito Bom recordar estas vivências. Tal como tu, também eu me encantava com aquelas primeiras escritas e descobertas das crianças, em busca da leitura.

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  5. Maria Júlia, mais uma vez nos encontramos, mas o que me lembro mais são alguns disparates que são nossos e não posso contar aqui, mas já agora lembras-te do armário a cair pela escada abaixo? E do teu chapéu de orelhas?
    bons tempos Bjs

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    1. A peripécia do armário a cair pela escada da cave abaixo é inesquecível, e agora à distância até nos faz rir ainda mais! Quanto ao chapéu de orelhas, não era um chapéu, era um gorro muito grande e farfalhudo, que uma vez que fui a Londres, comprei para me proteger do frio que por lá fazia. Só que usado por cá, eu sentia-me ridícula com aquilo na cabeça. A primeira vez que me atrevi a levá-lo para a escola, num dia bem frio de inverno, os miúdos fartaram-se de rir e um deles disse que eu parecia um urso polar. Não fiquei surpreendida, pois já ia à espera de alguma reacção bem genuína. A partir de então, passei a usá-lo só para me mascarar no carnaval. Muitos foram os episódios ali vividos! E a volta que todos os anos dávamos à escola, para que ficasse cada vez mais bonita e funcional? A queda desse armário teve a ver com as remodelações que íamos fazendo de forma a tornar aquele espaço mais acolhedor, pois os recursos não eram muitos. Foi uma entrega total e uma experiência tão enriquecedora, com os tais disparates e as tuas anedotas pelo meio, para nos aliviar nos momentos mais difíceis. Um abraço!

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  6. Mais uma vez aqui vou colocar alguns comentários copiados a partir do FB:

    Filipe Neves - Passados 31 anos que deixámos de conviver diariamente na mesma sala, continuo a ser teu fan. E ao longo destes anos sempre disse com muito orgulho: ela é a Ana a minha educadora!
    - Viva o jipe da Ana - UMM
    - Estes relatos ilustrados são fundamentais para nos dar alento. Depois de 13 anos, contratado, saltitando por mais de 30 escolas e 4 anos de Crato, isto é água no meio do deserto

    - Catarina Bagagem - Ana é tão importante para mim ler este (e todos) texto. É um avivar daquilo em que acredito e uma força para escrevermos sobre a nossa profissão. Obrigada. E continua.

    - Maria Isabel Melo Correia - Ana, gostei muito de ouvir a tua escrita! Continua ela tem muitos e bons sons!

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  7. Ana ler este blogue é um dos maiores prazeres que tenho na busca de inspiração para a minha prática pedagógica diária. Que bom foi ler este post e todos os outros. Não tinha dúvida da excelente educadora que és, mas ler-te assim é ainda mais inspirador. Parabéns. Que maravilha. Continuação de boa escrita.

    P.S. - Se for preciso ajuda com a parte prática do blogue posso ajudar!

    Beijinhos

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    1. Obrigada Marta, Espero que estas "velharias", sirvam para a ajudar a reflectir na profissão. Vamos lá ver se depois sou capaz de fazer a síntese.
      Obrigada pela ajuda para a parte prática do blogue, a dificuldade maior é as pessoas fazerem um esforço para porem comentários que depois não conseguem publicar. bjs

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  8. Manuela Castro Neves (Copiado do FB) - Ana foi mais ou menos isto que eu escrevi no blogue:
    Deus sabe quanto esperei que a Ana aqui expusesse estes documentos para eu os rever e me entusiasmar com eles, de novos. Quer a escrita dos meninos, quer a comparação entre os desenhos espontâneos são algo de precioso. Espero que, agora mais acessíveis, alguém os utilize na formação inicial de educadores de infância e de professores do 1º ciclo, Temos de agradecer à Ana, o facto de os ter sabido guardar e partilhar connosco»
    Acho que escrevi melhor, na altura, mas, o sentido era este.

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  9. Clarisse Rosa (copiado do e-mail) - Olá Ana
    Acabo de ler o teu texto e fiz um comentário mas parece que não ficou nada.
    Vou tentar reproduzir:

    Gosto sempre muito do que escreves mas hoje sinto-me a fazer parte da História. Revejo-me muito nas palavras da Maria Júlia. Foram tempos inesquecíveis, onde conheci gente fantástica e onde aprendi tanto. Não apenas de pedagogia, mas também sobre a vida e sobre o mundo, foi uma abertura de horizontes para uma jovem de 20 anos que vinha do Alentejo profundo. Achava que vocês eram todas muito interessantes, cada uma à sua maneira, umas "mais doidas" que outras, mas todas inteligentes. No trabalho era possível discutir tudo, perguntar tudo, duvidar de tudo, e assim aprender com aqueles que sabiam muito mais do que eu. Lembro-me muito bem deste teu trabalho sobre os grafismos e do quanto ele me fez pensar e avançar na altura. É que às vezes avançamos mesmo com estas pequenas coisas.
    O que acho mais admirável em ti é esta capacidade que tens para guardares estas memórias e ainda por cima saberes contá-las. Como te invejo! Beijinhos

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  10. Obrigada por partilhares Ana! Serás sempre um modelo de educadora! Soubeste cativar o que de melhor tínhamos em nós! A pré e a primária na Voz foram tempos mágicos e sem duvida a base para um caminho trilhado pela motivação em aprender sempre mais, em partilhar o que aprendemos e acreditar que somos sempre capazes de nos superar. Com muito afecto mas promovendo sempre a autonomia, com muita capacidade de nos ouvir mas não dando cobro a pieguice foste sem duvida uma pessoa que nos deu segurança, fosse na sala, no refeitório ou no recreio! Obrigada!!! um grande beijinho!

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