“ Os professores queixam-se
muitas vezes de que os seus alunos não escrevem, ou não gostam de escrever, e
de que repetem os mesmos temas, com as mesmas incorrecções.
Porque será que isto
acontece?
Será porque a escrita que
lhes é proposta se destina apenas a ser lida e corrigida pelo professor?
Será porque constitui motivo
de penalização e de competição entre os alunos?
Muitas vezes os alunos não
escrevem porque:
- a escrita não surge como uma necessidade;
- não percebem que a escrita serve para comunicar;
- não sentem a necessidade de inventar, de criar;
- a escrita é, na maior parte das vezes, uma
tarefa imposta pelo professor.
As crianças com poucos
hábitos de escrita e de leitura têm muita dificuldade em encontrar motivos para
escrever e para variar, não só os temas mas também os tipos de escrita.
Daí a necessidade de aproveitar
situações vividas na turma para desencadear a produção de diferentes tipos de
escrita –funcional, criativa, expositiva…de pôr à disposição dos alunos
instrumentos que convidem a escrever – agendas, cadernos, livros, cartazes,
jornais, revistas, textos, computador… para que convivendo com a escrita,
sintam necessidade e desejo de escrever.
Embora surjam na escola
muitas ocasiões em que a produção da escrita se torna uma necessidade ( escrita
funcional), o professor necessita de:
- utilizar estratégias que provoquem os alunos
para a experimentação de outras formas e de outros tipos de escrita, escrita
criativa, escrita expositiva;
- variar as modalidades de produção, em pares, em
pequenos grupos;
- encontrar com os alunos circuitos de comunicação
para os escritos que eles produzem, por exemplo, leituras à turma e
inter-turmas, jornal escolar, correspondência…”
* Rosa, Clarisse; Soares, Júlia - In Criar o Gosto pela Escrita pág. 304 e 305
Hummm-hummmm... Ao verdadeiro mestre compete estimular a atitude criativa que é inerente a cada criança. Para, logo a seguir, surgir o acto criativo. Muitas vezes, quando o mestre tem a consciência profunda destas «coisas», a criatividade do «aprendiz» agarra-se-lhe à pele e não o larga a vida inteira.
ResponderEliminarOs que tal conseguem são os Mestres (até com maiúscula). Os outros... às vezes não passam de mercenários (e com minúscula). Que também os há...
De resto e para não variar, mais um texto muito bem «esgalhado» (é, hoje eu é mais aspas...).