Para facilitar a vossa leitura, encontram na barra da direita logo abaixo do meu perfil, uma aplicação a que chamei: ÍNDICE DO LIVRO, onde têm as páginas (capítulos) que vão sendo publicadas.
A ESCRITA NA VIDA DE UMA EDUCADORA DE INFÂNCIA
É mais um livro do que um blogue. Quando comecei a escrever esta espécie de biografia, em que a escrita acompanha diferentes etapas da minha vida, era para ser um livro. Mas entre o escrever e o publicar vai um passo de gigante.Não querendo deitar fora, o que me deu trabalho e prazer a fazer, o que aqui irá aparecer serão os diferentes capítulos do tal "livro não publicado"...
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Ainda a "Gente" se Queixa
No domingo dia 8 de Janeiro, recomeçaram as aulas depois das férias do Natal.
Pouca gente apareceu, a D. Joana esteve hospitalizada com pneumonia. Trouxe notícias da amiga Fidélia, também ainda está “malesinho” e o marido esteve quase “a patinar” …
A D. Fernanda estava contente, tinha arranjado mais um trabalho. A D. Idalina como de costume vinha feliz, tinha ido a Cabo Verde no Natal. A Aissato, sentou-se ao pé de mim, senti que queria uma maior ajuda.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Conversar é Falar Sobre o Mundo Que Nos Cerca
Eu já lhes tinha dito que esta experiência de alfabetização, foi e é uma grande aventura!
Na maior parte das alunas:
- O domínio da língua portuguesa é reduzido;
- A percepção do código escrito é inexistente;
- A escrita existente no “meio envolvente” é ignorada;
- A isto acrescentamos a pouca visão que algumas apresentam, a falta de óculos ou óculos desadequados...
E complicação das complicações:
- Tiveram filhos e netos que andaram na escola, que aprenderam o AEIOU, que tiveram manuais, que fizeram cópias.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
As Minhas Senhoras
Quando penso nas senhoras/alunas, há uma cantiga que me vem ao pensamento embora não tenha nada a ver com elas. É a “Valsinha” do Chico Buarque. Quando as vejo chegar, a cantiga parece soar aos meus ouvidos:
“Então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousarCom seu vestido (…)
Cheirando a guardado de tanto esperar (...)
E isto porque é domingo e porque há “escola”.
E a escola é tão importante para elas que se aperaltam todas!
São quinze. A maior parte delas são pontuais, mas não assíduas. A assiduidade muitas vezes é condicionada pelos turnos de trabalho em empresas de limpeza.
Motivações diferentes as trouxeram à “escola”: Fomos a pouco e pouco conhecendo infâncias a ajudar a família, ou as escolas longe, que impediram uma escolaridade com sucesso. O pouco que aprenderam foi sendo esquecido.
sábado, 29 de outubro de 2016
Recomeçar
Pensei que já não tinha muito mais para lhes contar sobre a escrita e a leitura, mas se calhar continuo a ter.
Desde o passado ano lectivo que comecei a fazer alfabetização de adultos, e desde essa altura que me apeteceu contar-lhes alguns aspectos dessa aventura, sim porque de uma aventura se tratou e vai continuar a tratar. Mas, no entanto, parecia que alguma coisa me travava. Eu sei o que era e penso que vocês também vão perceber.
No entanto, como:
- Me apetece escrever;
- Tenho material que encaixa bem no tema “A Escrita na Vida de Uma Educadora”;
- Cá vai outra vez!
E a partir de agora, essa aventura vai passar a estar neste blogue.
Mas como é preciso começar por algum lado, vou-lhes contar como a “coisa” se passou...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Para Acabar
A vantagem deste tipo de histórias, é que acabam quando o autor decide:
- Acabou, ponto final.
E esta acaba aqui.
Foi com a consciência presente do passado, que seleccionei os documentos que estão neste escrito. Escrito que eu pretendia sobre a Aprendizagem da Escrita e da Leitura, mas por onde, aqui e ali, também passa, em linhas muito gerais, um pouco da “História da Educação”, e das mudanças que foram ocorrendo ao longo do meu percurso profissional.
Nesta história, aconteceram mudanças de ambiente familiar, social e político.
Assistimos à queda de um regime, alegrámo-nos com o 25 de Abril, brindámos à mudança do século.
Mudou tudo nesta nossa sociedade.
No entanto, vendo os meus alunos do Curso de Educação e Formação, e o estado em que os encontrei, não posso deixar de relembrar a questão inicial:
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Num Curso de Educação e Formação
Sabem o que são CEF’s?
Eu também não sabia, até a minha amiga Olívia me telefonar, a saber se estava interessada em ir “dar umas aulas” numa Escola Profissional em Lisboa, num Curso de Acompanhantes de Crianças.
Como gosto de desafios, e apesar de a minha situação de reformada não deixar de ser interessante, permitindo-me fazer uma série de actividades que por falta de tempo, organização, ou cansaço extremo nunca tinha conseguido fazer, aceitei. Seguindo os trâmites normais, fui a uma entrevista, entreguei o currículo. Explicaram-me o que era um CEF de Acompanhante de crianças: “Curso de Educação e Formação, que visa dar uma dupla certificação a alunos em grave risco de exclusão escolar. Esses cursos, para além da equivalência ao 9º ano de escolaridade, dão também um certificado profissional”.
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